Na estrada, construindo uma trajetória do biocombustível no Brasil

por Erasmo Carlos Battistella

Biocombustíveis são derivados de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outro tipo de geração de energia.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão brasileiro, cerca de 45% da energia e 18% dos combustíveis consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do mundo, 86% da energia vêm de fontes energéticas não renováveis. Pioneiro mundial no uso de biocombustíveis, o Brasil alcançou uma posição almejada por muitos países que buscam desenvolver fontes renováveis de energia como alternativas estratégicas ao petróleo.

Os dois principais biocombustíveis líquidos usados no Brasil são o etanol obtido a partir de cana-de-açúcar e, em escala crescente, o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao diesel de petróleo em proporções variáveis.
O Grupo ECB trabalha há muito tempo para oferecer combustíveis renováveis e inovadores, nos mantendo na vanguarda do desenvolvimento de fontes energéticas que contribuam para o crescimento macroeconômico sem afetar o desenvolvimento sustentável de nosso planeta.

Primeiro, foi com a produção de biocombustíveis no Brasil e o bom embate progressivo para conquistar regras de mistura com combustíveis fósseis para reduzir as emissões de CO2.
Há 15 anos eu fundei a BSBIOS no Brasil, uma empresa do Grupo ECB em sociedade com a Petrobras. Crescemos muito recentemente ao ponto de sermos os maiores produtores de biodiesel no país em 2019.

RenovaBio

Importante destacar a conquista da formulação da Política Nacional de Biocombustíveis, instituída pela Lei nº 13.576/2017, com os objetivos de fornecer uma importante contribuição para o cumprimento dos compromissos determinados pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris e promover a adequada expansão dos biocombustíveis na matriz energética brasileira.

O principal instrumento do RenovaBio é o estabelecimento de metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, que foram definidas para o período de 2019 a 2029 pela Resolução CNPE (Conselho Nacional de Politica Energética) nº 15, de 24 de junho de 2019.

As metas nacionais estabelecidas pelo CNPE serão anualmente desdobradas em metas individuais compulsórias para os distribuidores de combustíveis, conforme suas participações no mercado de combustíveis fósseis, nos termos da Resolução ANP nº 791/2019, de 12 de junho de 2019.

O dia 1º de março de 2020 marcou o aumento da mistura para 12% – o chamado B12 mínimo -, mais um avanço no Programa Nacional de Produção e uso do Biodiesel. A previsão é que até 2023 esse percentual chegue a 15%. É com a consolidação dessa história, que torna o Brasil uma referência, passamos a trabalhar no Brasil com uma visão de médio e longo prazos – considerando a produção de biocombustíveis avançados de novas gerações.

Voltaremos ao tema do RenovaBio em postagens seguintes, principalmente considerando o momento atual da crise provocada pela pandemia do Coronavírus (Covid-19)

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