O cenário de desenvolvimento sustentável é promissor em 2023 – que ele se realize plenamente!

por Erasmo Carlos Battistella

Sou um otimista por natureza e um empreendedor por vocação. Sempre desejo realizar e contribuir com a sociedade e investir no desenvolvimento sustentável, contando com o apoio fundamental de toda a minha equipe e gerando oportunidades de crescimento para todos. Assim é a minha trajetória e esse é o legado que pretendo deixar para as gerações futuras.

O ano que chega ao fim apresentou muito desafios para o setor, mas nunca deixei de acreditar nas oportunidades que temos para apoiar a construção de um país melhor.
O desenvolvimento do papel dos biocombustíveis no processo de descarbonização internacional está totalmente relacionado à mobilização de governos, organizações internacionais e muitos setores que precisam acelerar a transição energética em seus negócios.

Dessa forma, estou esperançoso com o ano de 2023 e a retomada dos compromissos com a Política Nacional de Bicombustíveis (RenovaBio). E com a volta da mistura de biodiesel conforme previsto em Lei.

Uma rápida leitura do Relatório Final do Gabinete de Transição Governamental oferece um retrato do cenário atual e traz alguns indicativos bastante importantes para o nosso setor, para o crescimento da economia verde e geração de emprego verde.

Na área de Minas e Energias, o documento destaca que “medidas de abertura e as constantes mudanças de políticas do setor geraram uma série de distorções”, que reduziram a previsibilidade em relação às ações de descarbonização. “É o caso dos programas RenovaBio e do percentual de mistura dos biocombustíveis, que tiveram suas metas e objetivos alterados de maneira frequente”.

Outro risco apontado pelo setor é que o “Renovabio continua a reduzir suas metas de descarbonização e há previsão de maior abertura do setor de biocombustíveis, o que pode fragilizar ainda mais a indústria brasileira”.

O novo governo sinaliza com a necessidade de medidas de reconstrução das políticas públicas e, entre elas, do setor de biocombustíveis – “todas elas de grande importância para a retomada do desenvolvimento sustentável do país”.

Eu destaquei ao longo do período recente a importância de se recriar o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC). Entre os desafios do vice-presidente e ministro dessa pasta, Geraldo Alckimin, está a inserção externa brasileira, de maneira a impulsionar a inovação tecnológica, o aumento de produtividade e competitividade, e a promoção de uma economia verde e limpa.

Em Meio Ambiente, o relatório reconhece que o Brasil perdeu seu protagonismo na agenda internacional. “Precisamos voltar a ocupar assento privilegiado e credibilidade na discussão global sobre as questões socioambientais”.

“A transição para a economia de baixo carbono é entendida como uma vantagem competitiva para o país, que tem condições de gerar negócios, produtos e serviços com menores emissões de carbono, além de oferecer soluções para as necessidades de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Nosso desafio é … o reencontro do país com seu futuro como potência ambiental”.

Em março deste ano, nossa empresa publicou o Manifesto BSBIOS de Sustentabilidade, que define a estratégia alinhada ao nosso planejamento estratégico. Energia renovável e agronegócio são as frentes de atuação da empresa e crescemos nosso avanço internacional com produção na Suíça e o projeto Omega Green no Paraguai para biocombustíveis avançados – entre eles o bioquerosene SAF, fundamental para descarbonizar o setor aéreo.

Em conjunto com entidades representativas do setor de biocombustíveis na Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai, lançamos o Manifesto em Defesa dos Biocombustíveis. Expressamos a firme convicção de que é essencial que todos os governos promovam a estratégia de transição energética pelo desenvolvimento do setor, tanto para o transporte veicular, quanto para o aéreo, fluvial e marítimo.

A América do Sul tem recursos fundamentais para ser líder mundial na produção de energia limpa e renovável, contribuindo para reduzir a dependência da energia fóssil para movimentar a economia, proporcionando segurança energética e alimentar.
Avançamos este ano, mas podemos avançar ainda mais.

O cenário é promissor, só precisamos que ele se realize plenamente.

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1 comentário

José Araújo Koff 25 de dezembro de 2022 - 11:53

Erasmo. Tenho nestes últimos 15 anos acompanhado sua trajetória de sucesso baseada em um grande trabalho para tornar o biocombustível em um segmento de energia limpa que ajuda a alavancar o desenvolvimento do país. Parabéns pelo teu empenho incansável. Abraços

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