Estou muito feliz em estar presente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), que está acontecendo em Glasgow, na Escócia. Neste dia 3 de novembro, às 11h (horário local), terei a honra de falar sobre os biocombustíveis, em especial sobre o biodiesel e os avançados da segunda onda.
Na apresentação “Biocombustíveis – uma solução real”, a ser realizada no Pavilhão Brasil da exposição, vou reforçar o papel concreto e imediato que tem o produto para a transição energética global para uma matriz mais limpa. Para isso, vou destacar a experiência da trajetória brasileira nessa área, o que permitiu termos 25% da matriz com uso de biocombustíveis, sendo 5% com biodiesel.
No Brasil, eles são vistos como uma energia limpa e sustentável para o futuro, fruto de uma bonita história de políticas públicas e investimentos privados que desenvolveram esse patrimônio nacional e levaram o país a ser referência mundial. Só a BSBIOS já produziu, desde 2011, 4,9 bilhões de litros de biodiesel, o que corresponde a 9,4 milhões de toneladas de CO2 evitados.
Precisamos que a COP26 reconheça esse protagonismo em um cenário de sustentabilidade para que o produto esteja contemplado imediatamente nas políticas públicas em vários países, o que, em última análise, impulsiona a demanda.
Ao acompanhar os discursos de abertura nesta segunda-feira (01/11), confirmei que estamos alinhados ao que se almeja no curto prazo. Vários líderes importantes, como o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, destacaram a importância de aumentar os investimentos em projetos estruturantes e de grande porte. É preciso convencer os investidores institucionais e os setores financeiros a comprometer quantias significativas de capital no combate às mudanças climáticas.
Nosso grupo empresarial já está explorando o potencial dos biocombustíveis da segunda onda, o que inclui HVO, SAF, Green Naphtha e Biogás, por meio do nosso projeto Omega Green, um investimento de 1 bilhão de dólares em uma biorrefinaria de biocombustíveis avançados no Paraguai, com início de operação previsto para 2025.
Alguns países categorizam os biocombustíveis como uma energia de transição, mas os eles têm um papel muito maior do que isso. O produto está pronto para cumprir sua missão na transição da matriz energética com baixo custo de investimento e sem a necessidade de mudar o motor – uma solução ideal para os grandes centros urbanos.
É importante notar também que o aumento da produção de biocombustíveis ajuda a impulsionar a produção de alimentos. Isso porque o farelo resultante dessa produção é usado na produção de proteína animal. A América Latina tem potencial para produzir muito mais matéria-prima para biocombustíveis e terá um papel importante na redução das emissões globais, sem afetar a floresta.
Essa é a mensagem que estou trazendo aqui na Escócia com muito orgulho.
2 comentário
Além da primeira finalidade, de produzir o biocombustível , energia limpa e sustentável, a contribuição do fornecimento do farelo oriundo da soja destinado a produção de carnes, tem contribuído pelo crescimento das exportações pelo Brasil.
E tão importante, que a partir de 2025, a produção do combustível na usina de segunda geração, contribuirá ainda mais na descarbonização do meio ambiente.
Excelente. Parabéns pelo artigo e seu protagonismo na América do Sul.