É preciso fincar a bandeira dos biocombustíveis avançados nos fóruns que debatem a sustentabilidade

por Erasmo Carlos Battistella

Nas últimas semanas, tenho dedicado parte importante do meu tempo participando de fóruns de debate e de reflexão nos quais pude aprofundar a reflexão sobre sustentabilidade econômica, social e ambiental.

Eu faço questão de erguer pessoalmente esta bandeira em defesa dos biocombustíveis avançados e percebo cada vez mais que os vários públicos desses eventos reconhecem a importância de fortalecer o papel dessa solução energética para o futuro do planeta.
Gostaria de destacar alguns destes eventos:

Conferência Global Parar
Participei no dia 22 de outubro do evento promovido pelo Instituto Parar. Na mesa redonda “Gestor de frotas de olho no futuro”, destaquei como os biocombustíveis podem ser aliados para as frotas no caminho da sustentabilidade. A mesa foi mediada por Silvia Barcik, Diretora de Sustentabilidade e Inovação do Instituto Renault e contou com a participação de José Domingos Fabris, Doutor em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de Max Fernandes, Diretor de Marketing e Vendas da Arval, e de Gleison André Lopes de Oliveira, Coordenador de Frotas Algar Telecom.

Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes 2020
No final de outubro, fiz parte do painel “Melhores Práticas em Sustentabilidade” do Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes 2020”, realizado pelo Instituto Besc. O evento online foi palco de discussões sobre técnicas, materiais, equipamentos, métodos, novos combustíveis e demais iniciativas que aumentem a eficiência no uso de recursos energéticos e redução de impactos ambientais por transportadores de cargas e de passageiros. Ressaltei em minha palestra sobre a importância da consolidação dos biocombustíveis da primeira onda e a chegada da segunda onda, com destaque para o nosso Projeto Omega Green e o investimento em desenvolvimento no Paraguai para produção de HVO, SPK e Nafta Verde. Tive a honra de dividir o painel com Edmar Prado Lopes Neto, CFO da Movida; Paulo Afonso de André, Professor e Pesquisador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicinada da USP; Maurilio Novaes, Líder do Desenvolvimento Tecnológico da EMBRAER; e Marlon Arraes Jardim Leal, Coordenador-Geral de Etanol da Diretoria de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME).

O vídeo do evento pode ser conferido neste link.

Seminário “Bioenergia e a transição para uma bioeconomia de baixo carbono sustentável: oportunidades para o Brasil e o Japão”
Na noite de 9 de novembro, manhã do dia 10 no Japão, participei deste seminário promovido pela Embaixada do Brasil em Tóquio em parceria com o Instituto de Energia Renovável. No painel “O futuro da bioenergia e da bioeconomia avançada”, destaquei o potencial do Brasil em produzir biocombustíveis de primeira e de segunda geração, além de destacar o nosso projeto Omega Green. Participaram do painel o Vice-diretor do Departamento de Recursos de Biomassa Circular do Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão, Tadayuki Kanenaga, o Coordenador do Laboratório de Genômica e Bioenergia e do Programa Internacional de Doutorado em Bioenergia da UNICAMP, Gonçalo Pereira, o Vice-gerente geral da EV System Laboratory da NISSAN Motor Motohisa Kamijo, e o CEO do Instituto Terra Verde Tomohito Ihara.

Em todos os casos, as reflexões foram do mais alto nível.

O biodiesel brasileiro é um produto consolidado na matriz energética nacional, com um importante papel na substituição de combustíveis fósseis, na geração de emprego e renda no campo e para a industrialização e agregação de valor em toda a cadeia produtiva.
Destaquei alguns aspectos importantes nesses eventos sobre os biocombustíveis avançados do Projeto Omega Green. Sua utilização representa uma diminuição direta da emissão de gases de efeito estufa, pois eles emitem até 85% a menos em comparação aos combustíveis fósseis

O Green Diesel HVO pode ser utilizado como substituto direto do diesel fóssil, em qualquer proporção. A querosene de aviação SPK também pode ser utilizado como substituta direta ao produto fóssil, em qualquer proporção. O Naphtha Green é uma demanda constante das indústrias petroquímicas, que estão trabalhando cada vez mais no desenvolvimento do plástico verde.

A operação está prevista para o primeiro semestre de 2024.

E para não perder o ritmo, nos dias 17 e 18 de novembro, estarei presente na Conferência BiodieselBR, evento digital que reúne representantes da indústria e debate os assuntos mais importantes do setor. No primeiro dia, às 9h30, participo do painel para debater sobre “O futuro do setor de biodiesel depois de um ano de Pandemia”.

É importante deixar nossa marca nas páginas da história dos biocombustíveis neste momento de grande impacto que o mundo vivenciou. Nosso setor, com sua força, respondeu com grande maturidade aos desafios colocados. E se configurou como a grande alternativa para construir um mundo mais verde e sustentável.

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3 comentário

Gino Ewerson Farias 13 de novembro de 2020 - 17:54

Parabéns pelo belíssimo trabalho em prol de um mundo mais verde e sustentável.

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RAUL TORRES 14 de novembro de 2020 - 09:25

ESTAMOS CONFIADOS Y ANCIOSOS CON EL INICIO DE OBRAS DE “OMEGA GREEN” EN EL PARAGUAY, EN FEBRERO DE 2021. SERA UN GRAN APORTE A LA SUSTENTABILIDAD AMBIENTAL Y ECONOMICA EN EL MEDIANO PLAZO.

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Luiz Claudio Falcão 26 de novembro de 2020 - 08:59

Setor de biocombustíveis deveria ser prioritário na pauta de todos os governantes (Prefeitos, Governadores, Governo Federal, Legislativo…) com enorme geração de empregos, alternativa para escoamento safra de grãos, Meio Ambiente-combustível “ecologicamente correto”, etc.

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