Parabenizamos a Câmara Paraguaia de Biocombustíveis (Biocap) pela conquista do aumento do percentual obrigatório da mistura de biocombustíveis apto (biodiesel) para uso em motores diesel, passando de 2 para 5 %. O alvo agora é chegar a 15%, como aqui no Brasil. A Be8 tem capacidade instalada no país para atender a nova mistura e faremos novos investimentos para acompanhar o crescimento até 15%.
A decisão é fruto da Resolução nº 1.276 do Ministro da Indústria e Comércio (MIC) do Paraguai, Javier Giménez, de 9 de outubro.
Produzimos biodiesel no país por meio da Be8 La Paloma, adquirida em janeiro deste ano e localizada em La Paloma del Espíritu Santo, no Departamento de Canindeyú. O investimento reforçou o compromisso do grupo com o desenvolvimento sustentável local e com o atendimento da crescente demanda por esse biocombustível na região.
O percentual foi modificado por portaria do Ministério da Indústria e Comércio, de acordo com o disposto na Lei 6.389/19 “que estabelece o regime de promoção da produção sustentável e uso obrigatório de biocombustível adequado para uso em motores diesel”. Em comunicado, o mistério destacou que a decisão “surge após uma análise detalhada realizada pelas autoridades competentes, juntamente com as principais referências técnicas e industriais do setor”.
O ministro Giménez disse que a indústria paraguaia está preparada para duplicar a produção. “Podemos ter uma produção de biodiesel mais barata e mais limpa”, indicou. Ele também ressaltou que o biocombustível é produzido a partir de óleo de milho e óleo de soja que, quando processado no Paraguai, agrega valor maior em relação à exportação in natura das matérias-primas, o que representa uma meta importante para a carteira local dessa importante cadeia produtiva.
O presidente da Biocap, Massimiliano Corsi, comemorou em nota a decisão do MIC de aumentar a mistura. Segundo ele, a decisão é uma resposta a uma reivindicação antiga do setor. Da mesma forma, a Biocap informou que este anúncio tem forte impacto em termos de segurança jurídica, uma vez que o cumprimento da Lei 6.389/2019 “fortalece a confiança necessária ao crescimento econômico do país e à atração de investimentos estrangeiros, com a chegada no país de empresas líderes que, em conjunto com as indústrias locais, garantam biocombustíveis de alta qualidade”.
Segundo a Câmara, a indústria local tem capacidade instalada suficiente para abastecer não só os 5% anunciados, mas até a evolução para 15%, caso se decida continuar a avançar com a mistura.
A medida também proporciona um benefício ambiental e facilita o cumprimento de acordos internacionais como o Acordo de Paris para combater as alterações climáticas e intensificar as ações necessárias para um futuro com baixas emissões de carbono.