Hoje quero trazer para vocês uma discussão que ocupa as páginas de muitos jornais pelo mundo por sua importância para os negócios das empresas e para o meio ambiente. Como o tema da precificação do carbono deve ser considerado no processo de uso de biocombustíveis avançados?
Primeiro precisamos considerar o que isso significa.
Precificar o carbono é atribuir um custo aos impactos gerados pela emissão de gases de efeito estufa (GEE), resultado da queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra para a produção de insumos, manufatura, distribuição e consumo desses produtos.
As duas formas mais comuns de precificação do carbono são o mercado de carbono e a tributação das emissões.
Dessa forma aplicamos um custo para quem é responsável pela emissão de gases, ao invés de deixar que esse custo ambiental seja pago pela sociedade. Pegando pelo bolso (caso a consciência ambiental não seja sensibilizada), colocamos o carbono como custo no planejamento econômico dos negócios.
No final das contas, emitir menos carbono será bom para o ambiente e para a saúde, mas também permitirá reduzir os custos da empresa.
Mas será que precificar o carbono resulta em redução de sua emissão?
Estudo publicado no mês passado na Environmental and Resource Economics envolveu a análise de 142 países ao longo de mais de duas décadas, 43 dos quais aplicavam alguma forma de precificação de carbono. Entre 2007 e 2017, as emissões dos países com modelos de precificação de carbono caíram 2% ao ano em média, contra um aumento de 3% das emissões nos países sem esses esquemas.
De acordo com os pesquisadores, desses cinco pontos percentuais de diferença, 2% seriam resultado dos sistemas de precificação de emissões. De acordo com a análise, a mensagem para os governos é que o preço do carbono funciona normalmente com grande efeito.
Pressionado pelo custo, as empresas têm a opção de adotar alternativas tecnológicas para a redução das emissões. O modelo de precificação do carbono impulsiona o aproveitamento de outras fontes renováveis como potencial energético sustentável.
O biocombustível avançado é uma fonte de energia renovável, biodegradável e sustentável.
É avançado porque pode ser produzido com métodos limpos (com menos emissões de CO2) a partir de resíduos de gordura animal, óleos de cozinha usados e óleos vegetais. É uma solução de sustentabilidade para um planeta que deve reduzir suas emissões de CO2 em todas as formas de transporte.
Por ser de “entrega imediata”, que vai “direto para o tanque”, tem um baixo custo de transição. Não requer investimentos no motor, além de utilizar a rede de abastecimento disponível.
Está comprovado que a precificação do carbono é uma parte importante do processo de transição para um modelo de desenvolvimento de baixo carbono. Mas a adoção de combustíveis renováveis e inovadores é sinônimo de vanguarda no desenvolvimento de fontes energéticas, contribuindo para o crescimento macroeconômico sem afetar o desenvolvimento sustentável de nosso planeta.
1 comentário
Muy interesante, creo que debemos ir en esta direccion de energia renovable, absolutamente.!!!