A BSBIOS e o Grupo Madero firmaram nesta quarta-feira (15/02), em Curitiba (PR), um contrato de compra e venda de Óleo de Cozinha Usado (UCO, na sigla em inglês) das cozinhas dos restaurantes do Grupo Madero. A matéria-prima residual será destinada para a produção de biodiesel configurando um modelo de Economia Circular – quando o desenvolvimento sustentável se dá por meio de modelos de negócios que priorizam insumos recicláveis e renováveis.
O recolhimento envolve 270 restaurantes do Grupo Madero, incluindo Madero Container, Madero Steak House e Jeronimo Burger, em todo o país. O contrato prevê o recolhimento de 55 mil litros de UCO por mês. Os resíduos são cuidadosamente reservados, cumprindo os requisitos da regulamentação vigente, e são recolhidos pelos mesmos veículos que abastecem os restaurantes com suprimentos, formando, assim, o processo de Logística Reversa. O óleo utilizado retorna à Cozinha Central do Madero, em Ponta Grossa (PR), de onde segue para a unidade da BSBIOS em Marialva (PR).
“O resíduo do óleo de cozinha industrial é um item potencialmente poluidor quando descartado de maneira inadequada, sendo necessárias alternativas que possibilitem a sua reciclagem”, disse Júnior Durski, CEO do Grupo Madero. “Por isso, a parceria com a BSBIOS neste processo de logística reversa é importante para promovermos equilíbrio não só ambiental, mas, também, econômico, uma política do Grupo Madero que está totalmente em sintonia com as boas práticas de ESG”.
Desenvolvimento sustentável
“Esta é mais uma medida que reforça o propósito da BSBIOS de participar do desenvolvimento sustentável do planeta por meio do agronegócio e das energias renováveis, além de ter a sustentabilidade como um dos seus valores, entendendo a urgência e a importância da preservação do planeta”, analisa Erasmo Carlos Battistella, presidente da BSBIOS.
No ano passado, a BSBIOS anunciou seu Manifesto de Sustentabilidade no qual dá especial ênfase à cadeia de valor e à natureza, valorizando o fornecimento responsável e a conservação da biodiversidade, potencializando a circularidade e a produção mais limpa.
Eficiência em descarbonização
“O uso do UCO é uma alternativa duplamente sustentável, pois diminui o descarte inadequado do resíduo e colabora para a produção de um combustível comprovadamente renovável”, explica Battistella. Como o UCO é considerado uma matéria-prima residual na produção do biodiesel, não são atribuídas emissões de gases de efeito estufa (GEE) referente a sua geração, tornando-o mais eficiente no processo de descarbonização.
No Brasil, o UCO é 2,25% da matéria-prima usada para produção de biodiesel (segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP), mas, no Sudeste, essa participação é de cerca de 20%. A BSBIOS pretende ampliar sua utilização, que representou 4% da matéria-prima utilizada em 2022 para produção de biodiesel.